Propostas

Para além dos muros que separam o DCE dos estudantes...


Atualmente o DCE está organizado em duas câmaras, a executiva, que não só executa mas também vota e toma decisões (com 10 pessoas) e a diretoria plena, que é um conjunto de pessoas indicadas pelas organizações políticas que fazem parte do DCE e que também tem poder de decisão sobre as propostas apresentadas pela executiva. Apenas as pessoas que fazem parte de uma dessas duas categorias podem votar dentro do DCE.

Nossa proposta quer mudar essa maneira de decidir as coisas.

Propomos um DCE organizado por GT's (Grupos de Trabalho) que seriam divididos pela sua função, além da Plenária Geral:
  • GT's de estrutura (Articulação Política, Finanças e Comunicação/Documentação);
  • GT's temáticos (Acesso e permanência, Arte e cultura, Movimentos Sociais e Opressões);
  • GT's campus (Vale, ESEF, Centro, Ceclimar, Saúde, EAD) com equipes que busquem a aproximação com DA's e CA's, além de estímulo e apoio à sua organização em cursos onde não há representação estudantil.
  • A Plenária Geral será o espaço no qual todos que participam ou tem intenção de participar podem debater e decidir a condução e articulação do DCE.
Além disso:
  • Apoio institucional e incentivo ao protagonismo e autonomia de Grupos Independentes ao DCE (agroecologia, reforma agrária, feminismo, ações afirmativas, LGBT, etc.);
  • Conselho de Entidades de Base (CEB) mensal anterior a Plenária Geral;
  • Fórum de Articulação dos RD's (Representantes Discentes) para acompanhar e atuar de forma conjunta e qualificada junto às instâncias universitárias.

Para além dos muros que impedem a democracia na Universidade...

Acreditamos que uma representação paritária entre professores, servidores e estudantes é fundamental para que de fato as decisões na universidade avancem democraticamente. Além disso, o aperfeiçoamento e a ampliação das ações afirmativas, em sintonia com políticas de permanência são chave para que a universidade pública deixe de ser um espaço exclusivo de quem pode arcar com uma educação privada ou cursinho pré-vestibular . Por fim, pra que a universidade seja um ambiente marcado pela diversidade, é imprescindível pautarmos a não-discriminação nas relações de sexualidade, raça-etnia e gênero, incorporando essas pautas no nosso cotidiano.
  • Paridade de 33% para cada segmento nos órgãos colegiados e eleição para Reitor;
  • Autonomia para Unidades que desde já queiram adotar a paridade nas suas instâncias;
  • Pela manutenção, aperfeiçoamento e ampliação das cotas;
  • Fortalecimento e difusão do Fórum de Ações Afirmativas;
  • Por mais moradias estudantis;
  • Autonomia dos estudantes no processo seletivo e na gestão das casas de estudantes;
  • Defesa da creche para filh@s de estudantes;
  • Criação de um Conselho Gestor da Secretaria de Assistência Estudantil, formado por estudantes de graduação, estudantes de pós-graduação e servidores da SAE, de forma paritária;
  • Ampliar o valor do auxílio para materiais e que tenham valor adequado a realidade de cada curso;
  • A fila do RU já virou o quarteirão... pela construção de um novo Restaurante Universitário no Campus Centro, outro no Vale e ampliação do RU Saúde;
  • Opção vegetariana nos RU's;
  • Auditoria externa das contas da FAUFRGS;
  • Aumento do valor das bolsas e sua destinação exclusiva para ensino, pesquisa e extensão e não para trabalhos administrativos;
  • Defesa dos direitos trabalhistas de técnic@s e terceirizad@s;
  • Reformulação pedagógica e da estrutura de ensino;
  • Defesa do “semestre zero”, com matérias introdutórias como uma forma de permanência dos estudantes na universidade;
  • Espaços de formação sobre questões de gênero/raça-etnia/sexualidade;
  • Incentivo a espaços de formação e Encontros temáticos (feminismo, raça/etnia, LGBT);
  • Criação de disciplinas sobre relações de gênero e relações raciais, abertas para todos os cursos;
  • Grupo para discussão e acompanhamento sobre acessibilidade;
  • Criação de um espaço de trocas de experiência entre as várias mulheres da UFRGS e de fora.
Para além dos muros que afastam a Universidade do povo...


Queremos um DCE capaz de impulsionar não somente as reivindicações específicas d@s estudantes, mas também de propor um projeto mais amplo de sociedade que leve em conta as demandas daqueles que estão fora da “Academia”. Defendemos uma Universidade Popular, que na vivência e construção conjunta com movimentos sociais do campo e da cidade tenha um modelo de ensino verdadeiramente emancipatório, produtor de ciência e tecnologia socialmente referenciadas.
  • Defesa de uma ciência socialmente engajada, de uma tecnologia socialmente referenciada, e de uma extensão “de mão-dupla” (em processo de diálogo teórico-prático com a comunidade); 
  • Educação pública como direito de todos;
  • Busca de uma articulação entre ensino, pesquisa e extensão sob uma perspectiva integrada e transformadora, proporcionando uma formação universitária para além das exigências de mercado;
  • Envolvimento do DCE na organização do Estágio Interdisciplinar de Vivências (EIV/RS);
  • Realização do I EIV Urbano envolvendo estudantes da UFRGS; 
  • Incorporar no currículo a vivência profissional para além da aprendizagem técnica, mas visando a compreensão da realidade social e do sentido do trabalho;
  • Inclusão da extensão e pesquisa como direito dos estudantes e etapa curricular obrigatória;
  • Romper os muros que separam os cursos e departamentos: interdisciplinariedade e multiprofissionalização;  
  • Articulação com os grupos e coletivos na UFRGS que executam iniciativas orientadas por uma visão crítica de pesquisa, ensino e extensão;
  • Apoio à articulação do Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP);
  • Aliança com movimentos sociais urbanos e rurais, grêmios estudantis, sindicatos e associações de moradores;
  • Divulgação e promoção de informações nas escolas públicas sobre as cotas e isenção do vestibular;
  • Realização de um seminário de cursinhos populares, visando apóia-los;
  • Preservação e expansão do fornecimento de gêneros agrícolas orgânicos para os RU's por movimentos sociais camponeses; 
  • Integração da UFRGS no PRONERA, que oferece cursos nas universidades federais para assentados da reforma agrária;
  • Engajamento no movimento das populações que estão sendo emovidas pelas obras da Copa do Mundo 2014;
  • Criação de um GDT permanente no DCE para tocar a parceria com os movimentos sociais;
  • Defesa da paridade 33/33/33 entre estudantes, servidores e professores e busca de um aprofundamento na democracia, com a inserção dos movimentos populares nos processos decisórios a universidade (à exemplo da UFFS).
Arte e cultura Para além dos muros...

Para que Arte e Cultura não sejam apenas “eventos” na universidade, para que sejam efetivos seus
papéis de aproximar segmentos de dentro e de fora da UFRGS, de dissolver preconceitos,
fortalecendo as identidades de grupo, e de atuar como ferramenta de educação, agregando ensino,
pesquisa e extensão, nós propomos:
  • O incentivo e a articulação de grupos artístico-culturais existentes na UFRGS no Grupo de Trabalho de Arte e Cultura;
  • Inserir arte e cultura nos currículos de licenciatura;
  • Organizar um grupo de batucada de mulheres com discussões sobre gênero e feminismo;
  • A realização de Vivências Culturais, divididas em três projetos:
  1. mostrar o que é produzido na UFRGS, chamando as comunidades de fora para ver;
  2. mostrar dentro da UFRGS o que é produzido fora por grupos/pessoas que normalmente não encontram espaço para mostrar sua arte;
  3. organizar vivências dos estudantes da UFRGS em comunidades ou grupos artísticos de fora.
Fique ligado!

REUNI
Fomos contrários a adesão da UFRGS ao projeto REUNI quando da sua discussão, pois ele possui uma lógica que é de exigir o cumprimento de metas de ampliação de vagas antes de promover a contrapartida estatal de recursos, ainda assim condicionada a capacidade orçamentária do MEC, que pode sofrer cortes de recursos a exemplo do que ocorreu esse ano, o que deixa os novos estudantes em condições precárias de ensino. Por isso é preciso seguir vigilante e continuar na batalha por uma expansão com qualidade! Inspirados na proposta do ANDES-SN, propomos a criação do “Observatório do REUNI”na UFRGS, constituído paritariamente pelos três segmentos, tendo como objetivo a análise dos projetos atuais e futuros para instrumentalizar nossa atuação.

NOVO ENEM/SISU
Há dois anos a UFRGS vem discutindo a substituição do Vestibular pelo Novo ENEM, através do Sistema de Seleção Unificada (SISU). Até agora nossa Universidade somente adotou o exame como uma nota adicional, mas há rumores que em breve poderia aderir completamente ao SISU. Esse sistema tem uma série de controvérsias, especialmente em relação as diferenças regionais de ensino que não são consideradas em um exame uniformizado para todo país. Somos contrários a adesão da UFRGS ao SISU, propondo em seu lugar uma reformulação e aprimoramento do concurso vestibular enquanto ele ainda se fizer necessário.

ENADE
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), ainda que o nome sugira outra coisa, visa avaliar o desempenho das Instituições de Ensino Superior . Todavia tem sido utilizado para classificar as Universidades públicas em rankings que definem quais receberão mais recursos (justamente as melhores classificadas!). Por essas e outras razões as Executivas de curso têm proposto inclusive o boicote ao exame. Somos favoráveis a um outro modelo de avaliação, que busque aproximar o nível das instituições e não aumentar ainda mais o abismo entre elas. Independente da tua opinião sobre o boicote, se informe e analise criticamente!

PLEBISCITO DOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO
Durante as eleições do DCE ocorrerá o plebiscito popular sobre a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto brasileiro na Educação. Participe e apóie a ampliação de verbas para esse setor fundamental no desenvolvimento humano!